O carroceiro Paulo Geovane de França, 26 anos, se apresentou espontaneamente na 8ª Delegacia de Polícia, na manhã de ontem, para desfazer um “mal-entendido”. Segundo o advogado dele, Thyago Amorim, a foto de Paulo teria sido divulgada pela polícia civil e pela imprensa – inclusive pelo jornal TRIBUNA DO NORTE - como se ele fosse o Paulo Aovelino da Silva, um dos acusados de envolvimento no assassinato do policial civil José Luciano de Oliveira.
O policial foi morto na semana passada, em Felipe Camarão (zona Oeste de capital), durante uma investigação sobre bocas de fumo no bairro. Thyago Amorim garante que Paulo Geovane “estava jogando bola com amigos no bairro Cidade da Esperança (também Zona Oeste) na tarde em que o policial foi morto. Temos várias pessoas lá que podem confirmar isso”.
O advogado também afirma que a divulgação da foto fez com que Paulo Geovane virasse alvo de ameaças e constrangimentos. “Muitas pessoas iam a casa dele perguntando se ele estaria preso, se ele havia mesmo feito aquilo. Meu cliente começou até a se esconder com medo de ser encontrado, agredido e morto por causa disso”. Paulo Geovane foi ouvido pelo delegado da 8ª DP, Natanion de Freitas e depois liberado.
O delegado não descarta a possibilidade dele estar envolvido com o tráfico de drogas em Felipe Camarão. A foto de Paulo Geovane foi entregue à polícia pela sogra dele – o nome não foi divulgado - na casa onde supostamente funcionava uma boca de fumo, próxima ao local onde foram encontradas as armas utilizadas para assassinar o policial Luciano.
“Estamos com o depoimento dele e agora vamos investigar qual o envolvimento que ele tem com os responsáveis pela morte de Luciano, pois a história contada por ele apresenta alguns pontos que geraram confusão”, afirmou o delegado.
Fonte: DNonline
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