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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Rir pra não chorar

*DEPOIMENTO DE UM DEPILADO.
*
Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele
horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é
segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando
com minhas 'partes'.

Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamos
seus ovinhos, assim eu poderia fazer 'outras coisas' com eles.

Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos
fiquei imaginando o que seriam 'outra coisas'. Respondi que não, que doeria
coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e
eu imaginando as 'outras coisas' não tive mais como negar.

Concordei.

Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos
necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente
estava vagando pelas novas sensações, que só acordei quando escutei o
beep do microondas.

Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços
de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com
um ar de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico urologista
sentindo-se como residente.

Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu
ficasse numa posição de quase-frango- assado e liberasse o aceso a zona
do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e
começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! !

O Sr. Pinto já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'sou o próximo da
fila'!!

Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as 'outras coisas' que
viriam

Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no
plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer:
Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo.

Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu
um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um
sonoro PUUUUTA QUEEEE O PARIUUUUUUU quase falado letra por letra. Olhei
para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado. Ela
disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que precisava passar de
novo.

Respondi prontamente:

Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como
quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui
para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de
molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo
meu corpo. Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um
bebezinho novo: faz merda atrás de merda.
Peguei meu gel pós-barba com camomila 'que acalma a pele', enchi as
mãos e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei no
bidê na posição de 'lava xereca' e deixei o chuveirinho acalmar os
'doutores'. Peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem
abana um boxeador no 10°round. Olhei para meu pinto.
Ele tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia
irmão gêmeo de meu umbigo.

Nesse momento minha esposa bateu na porta do banheiro e perguntou se eu
estava passando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou
igual uma gralha. Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava
argumentado que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam
voltar a nascer.
'Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus
ovos vão ficar que nem os das codornas', respondi.
Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro de
distância e sem tocar em nada e se ficar rindo vai entrar na PORRADA!!
Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento
sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos
estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho
sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo
e nada.
Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem
cueca mesmo.
Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado.

Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia
inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em
qualquer superfície.

Resta dizer: certas coisas tem de ser feitas somente pelas mulheres.
Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.

Atenciosamente,

O Depilado


Fonte: Por E-mail

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