“Sede de justiça”. Essas foram as primeiras palavras de Marisa Mariano de Moura, um ano após o assassinato brutal de sua filha, a menina Maísla Mariano dos Santos, em entrevista ao Portal Nominuto, nesta quarta-feira (12).
Segundo Marisa, sua grande revolta, neste momento, é a falta de informações sobre o julgamento do principal suspeito, Osvaldo Pereira de Aguiar (56). “Ele está preso, mas é um absurdo que mesmo com todas as provas, ele ainda não tenha sido julgado. Também não temos informações se ele irá a júri.”
Ela disse ainda que o advogado do acusado, Araken Farias, recorreu depois que o juíz da 2ª Vara Criminal da Zona Norte, Rosivaldo Toscano, resolveu levar Osvaldo a júri popular, no último dia oito de março. Na ocasião, o magistrado comentou que embora a defesa de Osvaldo tenha sido consistente, existem vários indícios que o incriminam, inclusive com características de motivo torpe e utilização de meio cruel para o homicídio.
De acordo com informações da 2ª Vara, o Tribunal de Justiça julgará o recurso e, caso a decisão do juiz seja mantida, o julgamento será marcado.
Maisla Mariano, de 11 anos, foi assassinada no dia 12 de maio do ano passado. Além disso, a menina foi esquartejada e teve partes do corpo espalhadas por terrenos baldios na avenida Tomaz Landim, na zona Norte de Natal.
Testemunha
Marisa Mariano citou ainda a existência de uma testemunha que, segundo ela, poderia ser decisiva para provar a culpa de Osvaldo.
Através de boatos na vizinhança, Marisa chegou até a testemunha que a confessou ter visto o acusado na noite do crime em atitude suspeita. De acordo com a testemunha, na noite do crime, presenciou Osvaldo carregando duas bolsas com marcas de sangue.
Marisa disse ainda que ele já foi ouvido pela delegada responsável pelo caso, Adriana Shirley, no entanto, a testemunha foi recusada pelo juiz, pois este, na época, estava em férias e quando retornou, já estava com o processo pronto.
Passeata
Marisa também informou ao Nominuto que já está marcado mais um protesto para o próximo dia 21 de maio, na ponte de Igapó. Ela disse ainda que familiares da menina Maria Luiza Fernandes, que foi encontrada morta e abandonada em um lixão, no Jardim América, há pouco mais de um ano, também estarão presente. “Pretendemos parar o trânsito na ponte de Igapó para que a justiça resolva dar atenção a esses casos ainda sem solução. Não desistiremos.”
Fonte: Nominuto.com
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